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Avaliando a audição do bebê

Do nascimento até os dois anos de idade, o nervo auditivo e as vias auditivas periféricas e centrais apresentam um período crítico de desenvolvimento.

Devido a esse período crítico de desenvolvimento, a criança que receber o diagnóstico de perda de audição poderá desenvolver a linguagem, tal qual uma criança com audição normal, mas desde que seja orientada nos primeiros meses de vida.

Por esse motivo, em vários países têm sido realizados testes auditivos em todos os recém-nascidos, preferencialmente antes de saírem da maternidade. Caso isto não ocorra, o bebê deverá ter sua audição avaliada durante o primeiro mês de vida, mesmo que não existam dúvidas quanto ao seu funcionamento. Nos casos de suspeita de alteração da audição, deverá ser reavaliada até o terceiro mês de idade.

A audição pode ser avaliada até mesmo nos primeiros dias de vida, por meio do Teste da Orelhinha (emissão otoacústica) ou do BERA. A audiometria de tronco cerebral, também chamada BERA (sigla em inglês para brainsteim evoked response audiometry) é realizado com uma pequena sonda, semelhante a um fone de ouvido que emite sinais auditivos, desencadeando uma série de ondas, as quais refletem a vitalidade do nervo auditivo e de determinadas áreas do tronco cerebral.

Esses exames não necessitam de respostas do bebê, não causam dor ou incômodo. A melhor época para realizá-los é nos três primeiros meses de vida, quando o bebê se movimenta pouco e a sedação pode ser dispensada.

Texto extraído do livro Cuidando dos Ouvidos, Nariz e Garganta das Crianças – Guia de Orientação. Escrito pela Dra. Tania Sih e Dr. Ricardo Godinho – São Paulo 2018 (Primeira Edição em 2005).